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Livro digital para criança, pode?

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Pode, claro que pode. Não significa que seja bom. Quando lancei meu livro, algumas pessoas me perguntaram se eu não ia lançar uma versão e-book. Eu decidi que não, e vou te contar porquê, junta aqui. Nem vou fazer aquela introdução sobre como a tecnologia tem entrado nas nossas vidas. Se você tá lendo esse blog, é claro que já vive isso né. A questão que levanto aqui é: quanto a tecnologia tem invadido a infância. Só para fins de consenso: nesse post estou me referindo a crianças entre 0 e 10/11 anos. Sabemos que nessa fase da vida a leitura é basicamente entretenimento. Lá pelos 7 anos começam as pesquisas para a escola e leitura funcional, claro, mas vamos falar da leitura de livros, de obras literárias. Muitos estudos revelam que o cérebro humano só completa seu desenvolvimento lá pelos 20 anos de idade (Piaget é só um dos exemplos) e em paralelo há estudos que revelam um enorme impacto de telas no desenvolvimento cerebral, especialmente das crianças (dá uma olhadinha nesse link  de

"Cena"

Há poucas coisas tão gostosas Quanto ver este espetáculo de pertinho: O Beija-flor dando amor à rosa, O Sabiá em festa no ninho. Ver pitangas tímidas, ficando rubras, Novas folhas verdinhas crescendo E nuvens cinza chorando chuva Enquanto o dia vai nascendo. Karin Oniesko 2015 Esse poema foi inspirado pela minha sobrinha, que estava comigo olhando as gotas de chuva na janela e falou: "Olha, tia, parece que a chuva tá chorando lá fora!". Inspiração é pouco! Haha As crianças falam na língua da poesia!

Como lançar um livro infantil independente de editoras, passo-a-passo.

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Antes do passo-a-passo mastigadinho que preparei para o post de estreia deste blog, quero contar um pouquinho sobre o processo que me levou a publicar de forma independente. Sei que muita gente vai se identificar! No início de 2018 eu comecei a pensar em publicar meus poemas e contos para crianças na forma de livros infantis. Na época, eu tinha um conto de natal e três poesias prontinhas, então comecei a saga "busca por editoras". Peguei todos os livros do meu filho pequeno, pesquisei uma por uma as editoras na internet, fiz uma planilha com os contatos e disparei cerca de 40 e-mails com um contato inicial. Entre editoras renomadas e pequenas editoras da minha cidade (Curitiba), recebi três retornos pedindo que eu enviasse os textos prontos. Depois desta etapa, tive um total de ZERO retornos. Com a autoestima nas alturas (só que não), pensei "o que tenho não deve ser bom o suficiente ainda, talvez um dia". E engavetei meus trabalhos. Em 2020, com a pandemia da Covid